2 de jun. de 2010

"Deus é pop!"

As formas inovadoras que os jovens brasileiros estão buscando para expressar sua religiosidade





Esta reportagem foi publicada ano passado na revista Época, mas vale a pena comentar aqui. O início da matéria descreve a aparência de uma jovem evangélica:

"Com mais de 20 tatuagens estampadas no corpo, dois piercings no nariz e um alargador de orelha, a paulistana Fernanda Soares Mariana, de 19 anos, parece estar montada para um show de rock. Apenas a Bíblia que ela carrega nos braços sugere outro destino. E Fernanda, a despeito do visual, está pronta mesmo é para encontrar Jesus".

Há algum tempo, isso seria praticamente impossível. Mas o que temos visto hoje contraria o comum. Cultos voltados para jovens, geralmente usando bermudas, camisetas e com piercings ou tatuagens pelo corpo tem se tornado normal no meio da igreja evangélica brasileira. E o maior exemplo dessa realidade é a Igreja Bola de Neve, que tem como púlpito uma prancha de surfe.

Para muitos, a religião morreria. Ela não suportaria a tecnologia, a razão, a ciência e nem o capitalismo. Há mais de cem anos, Nietzsche já tinha afirmado: "Deus está morto!"; Karl Marx disse que a "religião é o ópio do povo" e Freud considerava Deus como uma invenção humana.

Com certeza, essas frases marcaram gerações e mais gerações. E, sem dúvida alguma, afastaram muitos jovens de Deus. Mas pelo que temos visto hoje, táticas e estratégias têm sido usadas com o objetivo de atrair essa nova geração para as igrejas.

As roupas são mais despojadas... Os cultos são mais alegres... Os mais variados tipos de instrumentos musicais são tocados dentro das quatro paredes do templo...

Alguns dizem que existe um liberalismo em excesso e isso pode ser bastante prejudicial.

Mas, no fundo no fundo, a questão mais importante a ser levantada é: Deus tem sido honrado?! Existe sinceridade de coração nesta nova forma de adorar a Deus?

Se a resposta for positiva, quem somos nós para criticar este posicionamento. É como diz a inspiradíssima letra da música: "Cada um no seu quadrado, cada um no seu quadrado!"

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