Eu fiquei impressionada, abalada, estupefata, pasma, boquiaberta e sei lá mais qual adjetivo pra expressar a minha indignação com uma cena que assisti numa reportagem do Domingo Espetacular, na Rede Record.
A matéria falava sobre países em que o fumo é um hábito permitido para crianças. Daí você já percebe o absurdo da reportagem.
Mas a imagem que chocou o país foi a do bebê indonésio Aldi Rizal, que fuma 40 cigarros por dia. A habilidade que a criança de apenas dois anos tem para tragar e manusear o cigarro é surpreendente.
Segundo a família, Aldi já está viciado e, quando não lhe oferecem cigarro, ele fica nervoso, grita e começa a bater com a cabeça no chão. Ou seja: o bebê já apresenta uma síndrome de abstinência da nicotina.
Ele começou a fumar quando tinha um ano e oito meses. Seu pai foi quem lhe ofereceu a primeira tragada. De lá para cá, o menino não consegue mais passar um dia sequer sem o cigarro.
Pois é. Na Indonésia, o fumo entre as crianças é um problema de saúde pública. Uma em cada quatro crianças já teve contato com o cigarro. Mas além da Indonésia, a reportagem também mostrou imagens do Vale de Salgueiro, uma aldeia em Portugal, em que as crianças também fumam devido a uma tradição que libera o cigarro para elas uma vez por ano durante uma festa.
Indignação?! Com certeza, essa palavra traduz o que muitos sentiram ao ver a reportagem.
Realmente, muitos princípios têm sido quebrados.
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